05/09/11
Rentrée na ZDB
25/07/11
Animal Collective em Lisboa.
Hoje ninguém quer estar em Londres!

31/05/11
Lugar Comum
Chamemos-lhe então «Ensemble». Juntemos ao «Ensemble» a palavra contemporâneo.
Ui, outra loiça! “Hoje vou ouvir um ensemble contemporâneo”.
Mudemos o cenário, nada de referir Igreja. Vamos esquecer que as igrejas foram construídas, arquitectadas até, para nelas se reunirem as melhores condições acústicas e fazer soar cada mínima nota, cada “tremble de um timbre”. E comecemos a juntar estrangeirismos à coisa. Música portuguesa de cor cromática, chromatic, made in made, out of the box, no payment requeired, é grátis pá, et voilá, musique modérne? Ahhhh!
Juntemos ao «Ensemble» o "repertoire": os melhores compositores contemporâneos portugueses e uns quantos nomes de outras constelações musicais. "Nico Muhly, ah cenas tipo Meredith Monk, Brian Eno?” pois é, o David Sylvian e o David Byrne e outros “davides” também já fizeram trabalhos vocais!"
Atenção, nada de cair em lugares comuns.
Oculte-se o facto de cantarmos numa igreja, diga-se antes que o concerto é na baixa lisboeta. Oculte-se também que é um concerto a capella (não se vá pensar em acólitos e hóstias.) Valia mais divulgar um concerto em modo Wasabi, porque sushi é in mesmo que seja feito com arroz Cigala e carradas de mayonese (ingredientes tipicamente nipónicos).
Podemos sempre dizer, que é "música para quem gosta de Dirty Projectors, Deradoorian, Efterklang, e dos novos trilhos vocais da Polly Jean, e cenas de Brooklyn!". E podemos também garantir que depois da «Performance» (já cá faltava esta!) há gente que reproduz vocalmente o som do vento! Uau com W.
Melhor que o hi pod, hi-pad, ai-pá!
Música em mode Fade out. Ora tretas. Fade You!
Em suma, é bom saber que há malta que se está nas tintas para elitismos ou preconceitos, pela nossa saúdinha! Ontem quem lá esteve saberá certamente o valor escrito e sonoro da palavra CORO.
E foi belo. Belíssimo!
A princípio o Loreto acolhia os primeiros curiosos enquanto se aqueciam vozes e retocavam entradas. Depois a colocação vocal, todos os pormenores da verticalidade, vozes cheias, entre gravatas que se apertavam, últimos retoques, o brilho dos lábios e aquele frenesim de quem sabe que vai fazer dançar as estelas.
"Fazer dançar estrelas?", " Foda-se, que cliché"!
Lugar comum, não é?
Pois sim, ontem dançaram estrelas no céu de Lisboa! Outras tantas comoveram-se com música vocal a capella feita em Portugal. Os cantores e maestro são portugueses, deram largo espaço a compositores nossos não descurando honrosos convites a outros nomes que pintam o "crepúsculo musical" em tons de anil, recordando sonhos de Leonardo da Vinci.
E depois silêncio!
O silêncio que impera antes do estrondo das palmas.
Fazer música assim, ver amigos sorrir na plateia e, depois de tudo isto, sair por Lisboa e continuar a olhar as estrelas na sua valsa desalinhada!
Chego à conclusão cada vez gosto mais de lugares comuns.
A música é o meu lugar comum.
26/05/11
11/04/11
AS/DS

01/04/11
Mark Steiner & His Problems em Coimbra

Oslo-Coimbra Fest

25/02/11
Fleet Foxes em Portugal

Pedimos Grinderman e zás: Julho.
Pedimos PJ Harvey, Lisboa vai tremer em Maio.
E agora Fleet Foxes a 8 de Julho!
E ainda temos coisas boas no Meco. Já vou mordendo os dedos das mãos para começar a conhecer o cartaz do FMM Sines.
Julho vai ser "o" mês quente.
E pedir a visita dos "curadores" e amigos de todos os All Tomorrows Parties, hein?
Gosto de viver em Lisboa!
22/01/11
Convite
Coro Ricercare «Crepúsculo»
Um concerto onde o imaginário humano perante o cair da
noite, se cruza com canções de embalo tradicionais portuguesas
e com Leonardo da Vinci...
23 de Janeiro
CCB, Auditório João de Freitas Branco
Direcção Pedro Teixeira
Conv. Remédios (Évora) 30 Jan 18h00
obras de
Gabriel Jackson E. Carrapatoso F. Lopes-Graça
Paweł Łukaszewski John Tavener Eric Whitacre
Programa
Gabriel Jackson (1962) To morning
Josef Rheinberger (1839-1901) Abendlied
Fernando Lopes-Graça (1906-1994) Anda duermete niño (Trás-os-Montes)
Fernando Lopes-Graça Dormi menino, dormi (ilha de São Jorge – Açores)
Fernando Lobo (1974) Ó, ó, menino, ó (Nozedo de Cima–Trás-os-Montes)
Eurico Carrapatoso (1962) Ó meu menino (Pias – Alentejo)
Eurico Carrapatoso Vem ó morte, doce irmã do sono
Paweł Łukaszewski (1968) Nunc dimittis
John Tavener (1944) As one who has slept
Eric Whitacre (1970) Sleep
Eric Whitacre Leonardo dreams of his flying machine
08/01/11
05/01/11
Good Fortune
Da Casa dos Mortos de Leos Janácek *
7 Jan 2011, 21h00
Grande Auditório FCG
Nurse With Wound & Blind Cave Salamander **
8 de Janeiro 22h00
Teatro Maria Matos
YASMIN LEVY *
29 Jan 2011, 21h00
Grande Auditório FCG
AL-KINDI ENSEMBLE; JULIEN JÂLAL EDDINE WEISS *
Stabat Mater Dolorosa
29 Jan 2011, 21h00
Grande Auditório FCG
Japanther - Shellshag
20 de Janeiro, 22h
ZDB
CORO RICERCARE- Crepúsculo
23 de Janeiro -CCB
PEDRO TEIXEIRA direcção
OM - Gabriel Ferrandini
30 de Janeiro às 22h
ZDB
Swans
6 Abril
Aula Magna
PJ Harvey
25 de Maio
Aula Magna
*Obrigada aos amigos do CG pelas borlas.
** Obrigada ao RPP pela gentileza (vulgo borlas) nos espectáculos do TMM que aliás conta com uma programação de luxo para 2011.
13/12/10
O Mundo na Fundação

Sábado 29 Jan 2011, 21:00 - Grande Auditório
Yasmin Levy (voz)/ Israel
Yasmin Levy que já nos visitou este ano no Festival Músicas do Mundo em Sines, regressa a Portugal para recupera antigas tradições da Península Ibérica. Canta em ladino, a língua dos judeus sefarditas. Com a sua voz profunda e espiritual, Yasmin Levy entrelaça as melodias tradicionais, a paixão pelo flamenco e as influências do Oriente e dos Balcãs.
Segunda, 31 Jan 2011, 21:00 - Grande Auditório
Al-Kindi Ensemble, Julien Jâlal Eddine Weiss (kanun, direcção)/ Síria
Al-Kindi explora as tradições musicais eruditas do Próximo e do Médio Oriente. O núcleo instrumental do ensemble é constituído por cinco elementos aos quais se juntam outros músicos para os diferentes projectos. O presente programa é o mais ambicioso até à data, reunindo cerca de vinte figuras, incluindo um coro bizantino, derviches sírios e o cantor soufi Sheikh Habboush, em torno da adoração da Virgem Maria por muçulmanos e cristãos.
Domingo, 13 Mar 2011, 19:00 - Grande Auditório
Melingo (voz)/ Argentina
Melingo é a personificação do tango. Não o tango sedoso das salas de dança, mas o tango das ruas sujas de Buenos Aires. O drama, a paixão, o ritmo, a loucura. Tom Waits do tango, a actuação teatral de Melingo arrebata a audiência não só através do virtuosismo e da musicalidade, mas também em função do riso, das lágrimas e da alegria. «Melingo mistura a tradição de Gardel com a fúria do underground.» (Telerama)
Souad Massi (voz e guitarra) Jean-François Kellner (guitarras), David Fall (tambores), Rabah Khalfa (derbuka e outras percussões), Stéphane Castry (baixo)
Argélia
Domingo, 10 Abr 2011, 19:00 - Grande Auditório
Ballaké Sissoko & Vincent Segal: Ballaké Sissoko (corá), Vincent Segal (violoncelo)
Músicas do Mundo: Mali / França
O mestre da corá do Mali toca com o violoncelista francês Vincent Ségal, conhecido pelo seu trabalho com o grupo Bumcello. Chamber Music é um projecto em torno da arte da conversação. Sissoko descreve a integração de duas culturas musicais: «Construímos a nossa cumplicidade passo a passo. Hoje, quando tocamos, compreendemo-nos sem dizer uma só palavra: um olhar é suficiente. Os nossos corações estão unidos.»
05/12/10
Lower Dens
Eis uma amostra do que pode acontecer logo à noite na Rua da Barroca:
Setlist:
"I Get Nervous"
"Rosie"
"What Isn't Nature"
02/12/10
Swans no Gelo
Os Swans entraram a matar, com o estrondo sonoro de "No Words/No Thoughs” sem dó ou piedade. Chegaram, partiram a loiça e nem deram tempo para as típicas exclamações lá do burgo: “ahué, arhrrhrhr... sont les Swans!" Ainda na primeira meia hora, já com os sentidos em desconstrução, sentimo-nos esmagados pelas guitarras, baixo e bateria. Bem perto do Bois de Boulogne os cisnes transformaram-se em patos bravos, aos primeiros acordes já tínhamos perdido o norte. Um concerto que poderia ter sido inventado na alvorada da revolução francesa entre sangue e suor, triunfo e guilhotina. O primeiro tema acabou com uma distorção avassaladora e quem lá ficou já adivinhava o que se seguia: um tareão em modo colosso sonoro.
19/11/10
Efter and After the Klang
18/11/10
Lixados (trad. não literal)
Depois de terem sido "expulsos" do Atlântico pela malta do Pacto, esta rapaziada decidiu insistir e permanecer na zona euro. Vêm hoje à ZDB. Haveria melhor título e banda para os tempos que correm?
Às 22h no "aquário" da Rua da Barroca. Sem corantes, conservantes, mutantes ou diletantes, é rock puro com nome de gente descontente mas que sabe o que quer e do que gosta! Diz que a malta de Schengen anda mortinha para os ver ao vivo.
11/11/10
Ensaio Geral
Ontem, no intervalo do ensaio, invadimos o palco do CCB pela “entrada dos artistas” como se o fossemos...
O palco é enorme mas estava moribundo. Sentada no chão, vi poeira e nada. Espaço oco, casa de ninguém. Os palcos morrem sem orquestras, ficam doentes na ausência das luzes, vão expirando à medida que a plateia se evade. Os relógios param. Um eco, uma epifania, um reencontro, uma coreografia, uma chuva de aplausos, tudo isso ou mera ilusão? O palco está morto! Voltemos para a sala de ensaios!
A sala é ampla e branca, está cheia do brilho dos metais, da ressonância das cordas e dos murmúrios dos cantantes. O maestro pede silêncio, acena e começa a esbracejar pedindo silêncio pela segunda vez. Grita, desunha-se, salta e vê-se grego para controlar tanto troiano em cima de cavalos no gelo. Os instrumentos ganham vida e voz. Como uma chuva de meteoritos sonoros, entre cordas e sopros, o caos instalou-se até à terceira súplica de silêncio. Agora o silêncio grita-se rouco. Há livros, bolsas, gravações piratas e partituras espalhadas pelo chão, caixotes de madeira, cadeiras empilhadas e um espelho imenso que reflecte o cansaço e a meia-noite invertida. Anotamos a partitura com um lápis tosco emprestado da orelha do lado. Há caixas de violinos forradas a veludo azul com fotografias do filho que ficou em casa, há saliva fresca dos tipos das trompas que não param de enojar a fila da frente - os metais sempre irritaram as sopranos! O compositor está sentado ao lado da violinista loira, de borboleta na lapela e sorriso de todas as melodias do mundo. Ao longo do ensaio vão chegando amigos de mãos nos bolsos e afectos carregados de anos. Vamos lá ter atenção à afinação! Um diapasão cai ao chão soltando sons bastardos que irritam o chefe de orquestra. Tramada nota aquela do quarto andamento que trai as cordas do primeiro violino. O solista solta uma gargalhada em tom maior. Ele, que também é professor da menina soprano, vai acenando afirmativamente sempre que a vê colocar o tom na nota certa. Há um silêncio imenso depois do gesto final do maestro. E apesar de ser mais tarde do que o que era tarde no ensaio de ontem, há vontade de repetir tudo de novo.
Há momentos assim, em que se sente o frenesim da criação, o friozinho no estômago que antecede a apresentação em concerto.
Depois acontece o concerto e percebe-se que o palco vai voltar a ficar vazio. Um concerto é um prelúdio de uma nostalgia esperada que se instala quando o espectáculo termina. O palco nada é sem o frenesim que ninguém lhe conhece. O momento alto de qualquer concerto acontece quando a orquestra começa a afinar e o público, aos poucos, vai enchendo a alma.
Felizmente os concertos são antecedidos de muitos ensaios! Que analogia… a vida pode ser tramada num palco, mas na verdade, tudo não passa de um ensaio de orquestra.
Apareçam para encher o nosso palco, logo à noite às 21h30m.
08/11/10
Convite

Convite
Concerto: Coro Ricercare | Orquestra Sinfonietta de Lisboa
Quinta-Feira, 11 de Novembro de 2010 | 21h30
Igreja do Loreto, Chiado
Sexta-Feira, 12 de Novembro de 2010 | 21h30
Igreja de São Francisco, Évora
Sábado, 13 de Novembro de 2010 | 17h00
Igreja dos Pastorinhos, Alverca
Programa:
Requiem por mim | João Nascimento (n. 1957)
Requiem à memória de Passos Manuel | Eurico Carrapatoso (n. 1962)
1. Introitus2. Offertorium
3. Sanctus /Pie Jesu / Sanctus
4. Lux Aeterna / Tropo
5. Agnus Dei / Communio
6. In Paradisum / Regiões Ideais
Coro Ricercare
Direcção Coro | Pedro Teixeira
Sinfonietta de Lisboa
Barítono | Armando Possante
Direcção | Vasco Pearce de Azevedo
Entrada livre.