00:00 Pixies - Hey 03:25 The Smiths - How Soon Is Now 10:00 Dead Combo - A menina Dança? 12:35 Rokia Traoré - The Man I love 17:10 Bill Callahan - Riding for the Feeling 22:55 Akron/Family - Don't Be Afraid, You're Already Dead 27:15 ZAZ - Je Veux 30:40 Christina Courtin - Foreign Country 33:50 Frank Sinatra - Come Fly With Me 36:55 David Bowie - Absolute Beginners 43:25 Deerhunter - Desire Lines 49:35 The Velvet Underground - I'm Waiting For The Man
00:00 Kyle Eastwood and Michael Stevens - Gran Torino 05:45 Clint Eastwood - Doe Eyes (Love Theme From The Bridges Of Madison County) 10:10 Ennio Morricone - The Good, the Bad and the Ugly 12:30 Clint Eastwood - Unknown Girl Of My Dreams 14:32 Clint Eastwood - Rowdy 17:15 Clint Eastwood & Lee Marvin - Best Things 20:50 Clint Eastwood - Gold Fever 23:40 Ennio Morricone - A Fistful Of Dollars 26:30 Clint Eastwood - For All We Know 28:35 Dinah Washington - Soft Winds (The Bridges Of Madison County) 31:30 T.G. Sheppard & Clint Eastwood - Make My Day 34:30 Lalo Schifrin - Dirty Harry Theme
«Penso que tenho sido suficientemente realista e é isso que sou nesta altura da vida. Sempre senti que as pessoas têm que evoluir. Se alguma vantagem há na idade, é o conhecimento e a experiência, até ao dia em que me surja alguma espécie de pré-senilidade, julgo que vou continuar a explorar isso. Mas se uma pessoa não está disposta a aceitar a idade que tem, não se pode fazer isto [continuar à frente das câmaras como actor sem temer a sua comparação com a imagem icónica de jovem actor]. Nesse caso uma pessoa não pode senão sentar-se e dizer, 'Bem há 40 anos atrás eu era esse tipo que corria e empunhava esta arma'. Não que não possa fazê-lo até determinado ponto, mas não está certo. O que é justo é jogar agora na minha área. Brinquei com a idade em "In the line of fire", mas agora é altura de dizer 'é isto que és e aquilo que serás'. Podia pintar o cabelo e dizer que voltei a ter 35 anos. Mas não tenho e não o vou fazer.»
Clint Eastwood, in Film comment, 2005 execerto da entrevista de Amy Taubin, in Clint Eastwood, Um Homem com Passado, Cinemateca Portuguesa, Museu do Cinema, 2008, p.83
A propósito de Grand Torino (Escrevia assim em 8 Março 2009)
Foi ao som de uma salva de palmas que terminou a projecção de Grand Torino na passada sexta-feira na Cinemateca Portuguesa. Enterrada na cadeira, fiquei presa ao tema final de Grand Torino e lembro-me de não ter vontade de sair da sala. Apetecia ficar por lá toda a noite, e rever os filmes de Eastwood com e sem o próprio. Clint Eastwood é um homem sem idade, um dos maiores realizadores vivos. É pois com assumida audácia que me arrogo afirmar: "existem dois tipos de amantes de Cinema os que se rendem a Clint Eastwood e... os outros".
Sergio Leone afirmou:"Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele". Em Grand Torino Clint Eastwood põe o chapéu, tira o chapéu e olha-nos nos olhos! Grand Torino é pois muito mais do que apenas mais um filme de Eastwood. É a imagem projectada no espelho, é um álbum de memórias, a recolha de ícones cinematográficos criados pelo próprio Eastwood. Já aqui falei na dificuldade de escrever sobre os seus filmes, e com toda a seriedade esta dificuldade é cada vez maior. Mas é impossível resistir a esta terceira face de Eastwood, o seu olhar. O que mais me intriga e fascina nos filmes de Clint Eastwood é um denominador comum: o arrependimento por algo que se fez ou se deixou de fazer. A ideia de redenção é uma constante. Tudo se desenrola como se o realizador procurasse, através da absoluta humanidade que imprime nos seus filmes, encontrar a absolvição da culpa, do erro, da omissão, da ausência de discernimento e consciência, a ideia de transcendência e plenitude, no grande plano da moral ou do excesso dela. Neste Grand Torino Eastwood alcança, finalmente, a redenção. Apesar de não se confessar pelo (em) nome próprio, nunca entregando as mãos a quem o reporta a Deus, apesar de não acreditar na eternidade nem na feição "agridoce da morte", Clint atinge a paz redimindo-se do pecado capital. Clint deixa o chapéu, baixa a arma digital e confessa-se, por fim, de braços estirados na relva como o um novo redentor: Eis-me perante o Ti em nome da vingança que é tão enganadora como a própria morte. Clint Eastwood encontra o seu "Personal Jesus" e Grand Torino é um capítulo da Bíblia.
O cenário é a América de Obama, dos netos do Tio Sam, a América onde o crime tem nome de raça e de vergonha. São de raça e de vergonha os homens que em tempos partiram para a terra prometida. São de intolerância e de arrependimento, de multi culturalismo e identidades esquecidas, reprimidas. Clint é Walt Kowalski , um americano de descendência polaca, que herdou o perfil de Harry Callahan, o "dirty harry" de Siegel, o bom , o mau e o vilão numa só personagem. Walt Kowalsky é o cowboy de Leone, o justiceiro incorruptível, o inspector rabugento, o Frank Corvin da Ford, os homens de Iwo Jima, o estandarte da bandeira dos seus antepassados. É impossível não sentir uma enorme empatia por este Walt Kowalski, é impossível não chorar a sua morte. Mas é ainda bem mais agradável olhar Clint Eastwood através dos seus próprios olhos, sentido a sua própria música. Imperdoável esse olhar: casas comigo Clint?
O que ali está sobre o livro, é a forma musical da poesia.
Talvez seja por isso que dizem dos anjos adjectivos atonais.
Os anjos não são terríveis. Todos os anjos dançam!
Quando a poesia abate os olhos sobre as páginas de um livro e se resguarda pendida no círculo das palavras, mais não faz do que dançar os poetas que a cantam.
Eis a ilusão: com a poesia, as imagens imobilizam-se no momento da captura.
A poesia é uma aparência de não movimento.
Por instantes ninguém a vê quando afinal, deitada nos olhos do livro que a escreve, ela dança.
E a única coisa que há de terrífico nisto é a certeza de que nesse momento, as palavras também nos são invisíveis.
00:00 Marianne Faithfull - Annabel Lee (Edgar Allen Poe) 02:30 Van Morrison - Before The World Was Made (W.B. Yeats) 06:40 Jeff Buckley - Ulalume (Edgar Allen Poe) 12:45 Sonic Youth - Hits of Sunshine (For Allen Ginsberg) 15:10 (Les Reparties de Nina, Arthur Rimbaud) 23:40 Feist - Brandy Alexander (Chuck Palahniuk) 27:05 CocoRosie - Terrible Angels ( Rilke) 31:04 Loreena McKennitt - Lullaby (William Blake) 31:45 (Clair de lune - Paul Verlaine) 36:45 Natalie Merchant - Spring And Fall: To A Young Child (Gerard Manley Hopkins) 39:50 PJ Harvey - The River (Flannery O'Connor) 44:30 (Ophelie V2, Arthur Rimbaud)
Roma. Nome de cidade. Amor invertido. Roma é de Itália, não podendo ser de outro mundo.
“Caput mundi”.
É reino de tantos sóis, vertigem de impérios, resto da cinza dos loucos.
É memória, Adriano, in memoriam às caves dos primeiros cristãos, aos sacrifícios dos homens e credos que germinavam.
É a cidade que sabe roubar as pontes ao rio fazendo delas degraus do altar dos deuses. É tanta história, tanta arte, é museu, o palco de toda a dramaturgia, varandim onde os amantes encontram todas as fases da lua.
É nascer de novo. Renascimento. Da Vinci. Dá vida! É nostalgia, trânsito louco, alegria gritada nas ruas. Candeeiros foscos nas noites de verão. Italianos safados, a língua mais sedutora do mundo!
É um pouco de Lisboa e do mundo todo, de tão antiga torna-se bela.
É ilha perdida no Tevere, passeata de vespa, La Dolce Vita, noites quentes com gelado al limone.
Roma não dorme nem adormece, encanta, apaixona. Ma guarda Roma!
00:00 Nicola Piovani - La Vita è Bella
10:20 Fabrizio De Andrè - Valzer per un amore
14:40 Fabrizio De Andrè - La Ballata dell'Amore Cieco ..
19:50 Nino Rota - La Dolce Vita
25:30 Vivaldi - Viola d'Amore Concerto in D Minor RV540 - Mov. 1/3
32:00 Roberto Murolo - O Marinariello
Imagens:
Mamma Roma
La Dolce Vita
La Ragazza Con La Pistola
Rocco e i Suoi Fratelli
Il Casanova di Federico Fellini
"Well, terra firma. We're probably the first tourists they've had since the war. We're not tourists. We're travelers. Oh. What's the difference? A tourist is someone who thinks about going home the moment they arrive. Whereas a traveler might not come back at all."
playlist 00:00 Dhafer Youssef - A Kind Of Love (Tunisia) 04:50 Hamza El Din - Escalay (Egipto) 07:25 Majid Bekkas - Daymallah (Marrocos) 13:55 Ali Farka Toure & Taj Mahal - Roucky (Mali) 22:00 Baaba Maal - Samba (Senegal) 27:20 Seckou Keita Quartet - Tounga (Senegal) 33:00 Tinariwen - Chegret (Mali) 38:35 Rokia Traoré - Tchamantché (Mali) 42:35 Oumou Sangare - Saa Magni (Mali) 49:40 Hamza El Din - I Remember (Egipto)
Tudo nasceu com um Blogue chamado Absolute Beginners e com a rubrica Broadcasting from Home. Demasiado bom para ficar na gaveta!
Assim se escrevia em 2008: "Na esteira da bem-aventurada parceria com o BitSounds, segue a terceira edição de Broadcasting from Home intitula-se (Un)Covering Bowie. Dos muitos títulos interpretados por Bowie segue uma lista de alguns registos, até agora menos conhecidos, outros em jeito de reciclagem musical, dignos de apontamento no dossier Bowie. Para fans e afins.
Playlist: Neil Hannon Yann Tiersen- Life on Mars- Hunky Dory (1971) M. Ward- Let´s Dance- Let's Dance (1983) The Sea and Cake- Sound An Vision-Low (1977) Culture Club - Starman- The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (1972) Black Box Recorder- Rock 'N' Roll Suicide - The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars (1972) Ian McCulloch- The Prettiest Star-The Prettiest Star 7" Single (1970) The Cure- Young Americans- Young Americans (1975) Swell- Golden Years- Station To Station (1976) Rickie Lee Jones-Rebel rebel-Diamond Dogs (1974) Tori Amos- After All - The Man Who Sold The World (1971) The Langley Schools Music Project- Space Oddity - Space Oddity (1969)
"Kika" não é o seu nome nem anda lá perto e não deve ser lido ao contrário, pois é nome de quem já nasceu às avessas. Kika surgiu por invenção e não por anonimato. Pertence ao quase-grupo das nascidas em 1973 e... arredores. Anda por aí, nas periferias da idade e dos seus não-costumes. Gosta de sair à noite só para se dar ao luxo. Urrah! Inventou o direito à liberdade apenas para lhe dar novo nome, ou passar a vida a reivindicá-la. Alimenta-se de rock e das utopias dos malditos. Tem música de bolso e literatura a tiracolo. Passou noites à espera mas descobriu que o Godot, por vezes, é um chato do caraças! Kika gosta de subir a rua dançando no passo firme de quem se deita fora. Não é magra ou elegante, não é competente, não é inteligente, não é brilhante, não quer ser a melhor amante, nem mãe à força. Não. Não pretende ser nada disto!! Só adere ao low se for profile, ao made se não for made in, ao fade ser for out. Recusa a escravidão do sucesso. Fade You! Se necessário, pronuncia a palavra “Liberdade” em cinco (5) línguas distintas e ainda a descreve numa formula qualquer no raio de uma folha excel. Kika não é moderna nem ultrapassada, não é vegan, nem chick, e ao invés de aderir à depilação definitiva, pegou numa mochila e foi para as montanhas da Guatemala. Gosta de dançar sem ser coquette, o que às vezes é uma chatice quando lhe dá para o engate (técnica que não domina, raios!). Nas pistas e de dança gosta de baralhar os Disco J's saltando em contratempo e rebentando bolhas de adrenalina. Gosta de rock. É alérgica à penicilina e à estupidez.
Não votou no Cavaco mas vota, caramba! No início do século XXI aderiu ao PEC. Não aderiu ao pavor colectivo e, se for necessário, Tahir’embora para outras praças!
Também chora. Mas não vai tombar... nem que para isso seja necessário inventar outro nome ou país!
Faz hoje um ano que se reinventou sob forma de blog (ou blogue, va savoir). Et voilá eis um podcast é para todas as mulheres que constantemente (se) desafiam.
00:00 Kate Bush - Wuthering Heights 04:40 Feist - My Moon My Man 07:47 Nancy Sinatra - Boots Are Made For Walking 10:10 Rock-A-Teens - Woo-Hoo 11:50 Smith- Baby It's You 14:50 Blondie - One Way Or Another 18:20 April March - Laisse Tomber Les Filles 20:07 Big Soul - Le Brio 25:15 Gossip - Standing In The Way Of Control (Soulwax Mix) 28:10 Diana Ross - Chain Reaction ( Extended ) 34:30 Cyndi Lauper - Girls Just Wanna Have Fun 38:00 Kate Bush - BABOOSHKA 41:05 Nancy Sinatra - Bang Bang (my baby shot me down)
1- Ali Farka & Toumani Diabaté - Ali & Toumani 2- Ariel Pink's Haunted Graffiti - Before Today 3- Menomena- Mines 4- Robert Wyatt- For the Ghosts Within 5- Nico Muhly -I Drink the Air Before Me 6- Swans-My Father Will Guide Me Up A Rope To The Sky 7- Deerhunter - Halcyon Digest 8- Lower Dens- Twin-Hand Movement 9- LCD Soundsystem - This Is Happening 10- The Black Keys- Brothers 11- Beach House- Teen Dream 12- The Fall- Your Future our Clutter 13- Joanna Newson - Have One On Me 14- Caribou – Swim 15- Gala Drop - Overcoat Heat 16- Efterklang- White Magic 17- Owen Pallet – Heartland 18- !!! - Strange Weather, Isn't It? 19- White Denim – Last Day of Summer 20- Balmorhea- Constellations 21- Grinderman-Grinderman 2 22- Sufjan Stevens -The Age Of Adz 23- James Blake – CMYK 24- Arcade Fire – The Suburbs 25- Vampire Weekend- Contra 26- Tame Impala – Innerspeaker 27- Neil Young - Le Noise 28- Bonnie "Prince" Billy & The Cairo Gang - The Wonder Show of the World 29- Harlem – Hippies 30- Brian Eno - Small Craft On A Milk Sea
Esta lista traz brinde o ReMistake#4,Podcast que lhe dá corpo! Podcast do ano! (Uma parceria Persona/Bitsounds) A parceria do ano! Para Ouvir/Guardar [MP3ZIP ] (alternative 'b'ersion)
Playlist: 00:00 A Single Man (movie Scene) 02:05 Ariel Pink's Haunted Graffiti - Menopause Man 05:45 Owen Pallett - Red Sun No. 5 09:15 Lower Dens - Rosie 11:50 The Black Keys - These Days 16:50 Swans - Reeling The Liars In 19:00 Deerhunter - Helicopter 23:35 Caribou - Odessa (Nite Jewel Remix) 28:20 LCD Soundsystem - All I Want 34:35 Tame Impala - Solitude Is Bliss 38:20 The Fall - Weather Report 2 44:50 Robert Wyatt - The Ghosts Within 52:15 Ali Farka Toure & Toumani Diabate - Ruby 58:02 Eurico Carrapatoso - A morte de Luís II da Baviera (homenagem a Fernando Pessoa; excerto do concerto do Coro Ricercare)
Ergue-se entre vales e nuvens a cidade perdida do sol, com raízes na terra, o ventre aberto e o nome indígena de Pacchamama. Há sacrifícios que se enterram neste ventre, entre o pó dos sonhos e o rasto dos rebanhos. Há ouro e prata, há vozes cantadas que soletram lendas. Há pássaros que cantam a chama do sol e predadores cavando desfiladeiros. Cactos cinza, pó e pedras com forma de nuvem. Há gente que oferece ao vulcão três folhas de coca num ritual indígena, escondidas sobre pedras amontoadas no caminho. Há lamas, alpacas e signos de sol no rasto das veredas incas. Há sorrisos onde a liberdade voa segura, soprada como o vento que enaltece o voo do condor. Perfumes de flores nas asas de um colibri, há nuvens brancas empinadas em glaciares andinos e poetas que escrevem versos quando o sol se estende formando a cabeleira dos andes. Há cordilheiras e terras de fogo, mãos secas num tear de alpaca e enigmas gigantes em linhas desertas com desenhos de estrelas. Em Nasca há pássaros secos num deserto inquieto e as múmias tristes ainda aguardam o sol nascente. Em Ica há desertos como mares de ócio e silêncios longos, num entardecer tardio. Chagamos a Pisco, terra seca com nome de uva destilada, um vazio fresco que acalma os passos lentos do viajante. Continuamos a subir para as terras altas onde o sangue se torna espesso num respirar pesado. Já aí se adivinham as folhas mascadas entre intervalos de chá e histórias de índios, flautas distantes, saudades do calor. E navegamos para o cimo onde se esconderam os olhos do sol. Terra de terra com ventre e vento, maravilhosa vertigem do espaço aberto. Há cidades perdidas e tesouros que tombaram em clareiras de sangue. Há mulheres que choram filhos e anos derramados. Há crianças de muco verde com olhos de azeitona preta, numa pobreza que resplende de fartura e afecto. Ao longe, a cidade é o refúgio entre a selva e a chuva húmida. Anunciam-se os dias do fim, antecipa-se o dia de regresso e o cansaço de aqui não ser livre. Há jardins de orquídeas e colibris de fogo e um íman que nos atrai para o interior da montanha. Os olhos fecham-se na vontade de não querer voltar… olhos aprisionados nos raios de sol que se acendem num pano fundo de veludo azul. As cidades amadurecem as vertentes do crepúsculo, guardam as pedras que me conhecem os passos, lados e ângulos nos segredos pisados por Pizarro, há gente abandonada nas praças e dos impérios. Há tudo isto e lugar nenhum. Chegou o tempo de voltar com a tristeza de saber que estive tão perto e agora tão longe do coração do mundo. Lá ao longe o Tejo. No fundo do seu fio azul, as portas do sol anunciam o ouro vivo de uma terra distante. Felizmente ainda há sol, e agora que conheço a sua cidade, é só fazer-me à estrada...
Playlist 00:00 Roots, The - A Peace Of Light 01:45 TV on the Radio - Staring at the Sun 05:10 White Hinterland - Icarus 08:25 Yeasayer - Sunrise 12:15 Magic Fingers - Sunrise 14:50 Pulp - Sunrise 20:20 Swell - Sunshine 24:10 Ruby Suns - Morning Sun 28:05 Delorean - Seasun 32:05 Blackbird Blackbird - Hawaii 35:15 Lord Huron - Into The Sun
Playlist 00:00 Intro:Gustav Mahler- “Adagietto" 5ª Sinfonia- A Morte em Veneza (Thomas Mann) 01:30 Steven Brown – “Decade”- A Voz Humana (Jean Cocteau) 04:50 Hector Zazou - Sahara Blue (Brussels)- Iluminações - Uma Cerveja no Inferno (Jean A. Rimbaud) 10:45 Philip Glass – “Metamorphosis Two”- As horas (Michael Cunningham) 17:45 Elisabeth Welch – “Stormy Weather”- A Tempestade (William Shakespeare) 22:45 Velvet Underground – “Pale Blue Eyes”- O Escafandro e a Borboleta (Jean-Dominique Bauby) 28:17 Eels – “Lone Wolf” - Lobo das Estepes (Herman Hesse) 30:50 Broadcast - “Papercuts” 35:05 Tom Waits – “On The Road”- A Estrada (Corman McCarthy) 38:45 Hecka Ar – “Labyrinths” (O Labirinto, Jorge Luis Borges) 43:00 Laurie Anderson – “Language Is a Virus”- Almoço Nu- (William S. Bouroughs)
playlist 00:00 OM - Cremation Ghat II 06:15 Yo La Tengo - Here To Fall 11:40 Sissy Wish - Float 15:20 Grizzly Bear - Cheerleader 19:55 High Places - Head Spins 23:40 Local Natives - Wide Eyes 26:35 Animal Collective - Summertime Clothes 30:47 JJ - You Know 34:20 Robert Wyatt - Just As You Are 38:45 Timber Timbre - Lay Down in the Tall Grass 43:45 Noah And The Whale - The First Days Of Spring
Não importa se o caminho é estreito, nem se a estrada é longa. Importará quem se abandona ou quem se descobre? Enquanto houver música há chão, éter, mundo.
Na música renovamos, nesta música somos. Talvez não mais de um punhado de Do-Re-Mis ou um conjunto de sons ainda por decifrar…
Mas se for preciso, em caso disso, estamos lá ainda que por tentativa erro
Persona: Um blogue, ou coisa que o valha, assinado por SA que um dia se chateou com o anonimato e decidiu testar o poder das siglas.
Um espaço ainda sem o nome da autora mas com registo de autor (a malta aqui não coloca palavras no prego).
Uma parceria sonora e gráfica com o Bitsounds.
Vendemos para fora e fazemos entregas ao domicílio.
Não vamos aderir ao acordo ortográfico.
Blogue não testado em animais!