Hoje voltei aos livros de Lispector não por receio de regressar à praia da Sra Woolf, mas porque às vezes, apetece-me mudar as coisas do sítio.
Outro motivo: venho da leitura de Gonçalo.M.Tavares e isso faz apetecer ler mulheres como Milya.
De qualquer forma, penso que o corpo da literatura é, cada vez mais, um corpo feminino.
Isto não é «feminismo» é apenas uma forma de respirar debaixo de água.
Faço parte do grupo que não se senta nos transportes públicos porque prefere ler um livro de pé. Com a devida vénia ao livro, recuso sentar-me.
Aí declino todo o cavalheirismo.
Quando salto para o mar também recuso fazê-lo sentada, sustenho a respiração e só depois consigo abrir os olhos. Assim é quando o meu corpo sai de um livro. Demoro tempo a sentir as gotas da chuva.
E assim depois de algumas páginas da «paixão segundo lispector», respirei, suspirei e por fim adormeci, deixando de ter corpo.
Nestas alturas posso dar-me ao luxo de cantar à chuva e derreter.
De qualquer forma, penso que o corpo da literatura é, cada vez mais, um corpo feminino.
Isto não é «feminismo» é apenas uma forma de respirar debaixo de água.
Faço parte do grupo que não se senta nos transportes públicos porque prefere ler um livro de pé. Com a devida vénia ao livro, recuso sentar-me.
Aí declino todo o cavalheirismo.
Quando salto para o mar também recuso fazê-lo sentada, sustenho a respiração e só depois consigo abrir os olhos. Assim é quando o meu corpo sai de um livro. Demoro tempo a sentir as gotas da chuva.
E assim depois de algumas páginas da «paixão segundo lispector», respirei, suspirei e por fim adormeci, deixando de ter corpo.
Nestas alturas posso dar-me ao luxo de cantar à chuva e derreter.