E escrevo "desisto-te".
As tuas aparições têm a indecisão da madrugada, a duração dos anos.
Não se trata de "voltar a falhar melhor”.
A repetição pode ser mera teimosia ou uma grande chatice, mas nunca é uma oportunidade. Tal seria redutor quando se quer começar de novo.
Não se trata de voltar a falhar com maior eficácia, nem de "desaprender" o que ensinaram.
Há palavras que não se conjugam com o verbo repetir.
Samuel Beckett, Lévi Strauss, Nietzsche e o grande Pessoa tinham teorias interessantes sobre isso, também as andorinhas que estão pousadas neste telhado. É tempo de mudança.
Hesito fazer-me ao caminho sabendo-te na "impossibilidade de uma ilha".
A viagem também é uma metáfora disto: quando se olha o grande livro do Atlas, a princípio não há dificuldade alguma em medir distâncias.
No livro nem sequer se notam obstáculos, só folhas ilustradas.
Mas quando o planisfério deixa de ser pessoal torna-se mais vasto, tão menos simples.
E o viajante, por muito que se comprometa a lançar-se às diferenças, acaba por perceber que apenas nos guias, nos mapas, nos Moleskines, nas fotos e no amor reside a ilusão da possibilidade, a vertigem de ser tudo muito simples.
Acabei de comprar um Moleskine e de reservar uma viagem.
Não se trata de "voltar a falhar melhor”.
A repetição pode ser mera teimosia ou uma grande chatice, mas nunca é uma oportunidade. Tal seria redutor quando se quer começar de novo.
Não se trata de voltar a falhar com maior eficácia, nem de "desaprender" o que ensinaram.
Há palavras que não se conjugam com o verbo repetir.
Samuel Beckett, Lévi Strauss, Nietzsche e o grande Pessoa tinham teorias interessantes sobre isso, também as andorinhas que estão pousadas neste telhado. É tempo de mudança.
Hesito fazer-me ao caminho sabendo-te na "impossibilidade de uma ilha".
A viagem também é uma metáfora disto: quando se olha o grande livro do Atlas, a princípio não há dificuldade alguma em medir distâncias.
No livro nem sequer se notam obstáculos, só folhas ilustradas.
Mas quando o planisfério deixa de ser pessoal torna-se mais vasto, tão menos simples.
E o viajante, por muito que se comprometa a lançar-se às diferenças, acaba por perceber que apenas nos guias, nos mapas, nos Moleskines, nas fotos e no amor reside a ilusão da possibilidade, a vertigem de ser tudo muito simples.
Acabei de comprar um Moleskine e de reservar uma viagem.