gosto de ser beijada quando acordo. pela manhã abri a janela que anunciou o sol. no computador, ao som de Wagner, um convite para a festa de todos os amanhãs. Largo sorriso.
Logo há concerto de Janácek. a seguir haverá rock e guitarras roucas. à noite dançarei numa espelunca qualquer de Lisboa. depois de almoço enchi os ouvidos dos delírios da Polly Jean. apeteceu-me dançar enquanto subia a rua. acabei o Livro. agora escrevo, ainda rendida à música de Gorécki. faltam umas horas para atrevessar os jardins da Gulbenkian. Sou avenidas novas e cais de sodré num só corpo e vontade. Junto as mãos... eis a vontade cair a cabeça no teu ombro. Sou melodia e atonalidade numa só linha. E sou feliz, com uma enorme facilidade.